Dia 11 de Fevereiro de 2009
Consulta ao obstetra, na ânsia de responder as dúvidas que listei no texto anterior (além de outras tantas, que surgiram nesse meio tempo) e aposentar o Dr. Google.
- E então? – perguntou o médico.
- Então que estou grávida! – respondeu minha esposa, sem papas na língua.
- Poxa, mas você me conta assim, sem preliminares?
Confesso que gostei do cara: frieza técnica profissional aliada à uma pitada de bom humor e simpatia, além de uma bela dose de bom senso.
Abrimos o baú:
- Pode comer sashimi? Perguntou ansiosamente a mamãe, que já estava a ponto de assaltar pet store para devorar peixinhos dourados.
- Isso é tão importante assim para você?
- É.
- Veja, se sashimi fizesse mal, o Japão não seria a segunda maior economia do mundo...
E assim seguiu, rebatendo nossas próximas dúvidas com o mesmo estilo de jogo:
- E o álcool?
- Álcool faz mal? O que seria da Alemanha, Itália e França sem o álcool?
- E o sexo? (detalhe: desde que soubemos da gravidez, há 12 dias, fechamos o parque de diversões...)
- Antes de setembro? Nem pensar... – para sua sorte, logo desfez a brincadeirinha estúpida antes que eu o acertasse com um soco: “pode, se ela já não tiver mais com cólicas”.
Pensei em pedir pra ele nos deixar a sós na sala por uns cinco minutos, mas, tudo bem, acho que agüento até mais tarde...
Resumindo nossa consulta: todas nossas dúvidas foram sanadas com o velho e bom caminho do meio, ponderação, bom senso ou como quiserem chamar! Ou seja, (quase) tudo é permitido, desde com moderação e equilíbrio!
Segundo o doutor, agora “mudamos de lado”, passando do grupo de casais “com problemas para engravidar” para o grupo dos “férteis”. Isso me deixou me sentindo maravilhosamente bem, pois confesso que o provável caminho que teríamos que trilhar (inseminação, etc...) não era assim de todo meu agrado! “Sou um baita reprodutor, praticamente um leão!”, pensei.
Ah! E um detalhe pra lá de interessante: a mulher permanece fértil apenas 12 horas por mês! Só 12!! Exatamente nessas 12 horas o espertozóide tem que chegar lá e “pimba!”. Errou? Só mês que vem, meu nego! Vejam que verdadeiro milagre! Bem, pensando em casais que engravidam sem querer, milagre não é a palavra certa, mas sim “uma imensa de uma cagada”. Mas em nosso caso, onde ambos éramos considerados (no passado, por favor) pouco-férteis, isso torna nossa gravidez muito especial!
Saímos do médico, felizes da vida, tranqüilos, todas as neuras dela foram minimizadas (ao menos temporariamente...)
E com programas para a noite. Sashimi, etc...
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É um milagre mesmo. Por isso que sempre acreditei em milagres... eles existem!
ResponderExcluirLove you
T.
Não se queixe se agora, no lugar de «estou com dor de cabeça», v. ouvir «estou com cólica»...
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